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Segundo dia do VI Congresso Internacional de Branding inicia voltado às mulheres

CÂMPUS LAGES Data de Publicação: 28 abr 2022 11:50 Data de Atualização: 23 mai 2022 14:57

O segundo dia do VI Congresso Internacional de Branding iniciou dedicado às mulheres. Com a Mesa Redonda "As Marcas, a Multiplicidade e as Mulheres" as professoras Elizete Kreutz (Lajeado/Brasil), Gorete Marques (Leiria / Portugal), Cecília Consolo (São Paulo/Brasil) e Catarina Lélis (Aveiro / Portugal) discutiram o espaço e os desafios das mulheres no cenário das marcas.

Para a professora Catarina Lélis, as mulheres carregam consigo, em grande parte, a síndrome do impostor, que é uma condição na qual o profissional não se sente capaz de alcançar os méritos e objetivos da carreira. Para ela, isso é fruto de muitos anos de discriminiação e desigualdade de gênero, em condições onde as mulheres são levadas a crer que com o mesmo esforço não conseguem chegar às posições dos homens. "Há uma sensação de não ser capaz, de não alcançar aquilo que se é esperado", reflete a professora. Para ela, no ramo do branding e da criatividade isso se torna ainda mais nocivo, pois a confiança e habilidade de criação são fundamentais.

"Acho que aqui (congresso) há um espaço interessante para fomentar o trabalho iniciado nas Nações Unidas (ONU) com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Há dois objetivos em especial, a Igualdade de Educação e Igualdade de Gênero, que são muito bonitos, mas há que se fazer algo mais concreto", complementa.

A professora Gorete Marques foi na mesma linha e apresentou a pesquisa Representatividade e Representação de Gênero, ocorrida em Portugal com a análise de uma revista sobre Marketing e como eram representadas as mulheres nessa publicação. "O papel da imprensa nessa forma como as mulheres são representadas é fundamental, por isso a importância de analisar conteúdos desse tipo", disse.

Na revista, havia dois espaços onde eram tratados profissionais individualmente. Nesses, em sua grande maioria eram retratados homens que estão no topo de suas carreiras e sempre pelo viés do mérito individual. Nas poucas vezes que as mulheres eram retratadas, geralmente ocorria com profissionais em posições medianas de gerenciamento e com base em suas emoções ou outros fatores que as levaram a essas posições. "Havia a importância de analisar como a realidade é construída e não apenas no que é dito, mas no que não é dito. De fato, de 12 entrevistas, 11 eram com profissionais homens do topo (da carreira), nenhuma era uma mulher. Por isso, esse silêncio mostra que o que não é dito é tão ou mais importante. Portanto, estamos em busca de uma nova literacia que nos permita construir essa representação feminina", completa.

"Nós vimos aqui hoje o encontro entre o que a academia (pesquisa) fala sobre o assunto com o que o mercado apresenta. Vimos como essa questão da competência é importante e quão necessário é que tenhamos oportunidades para buscarmos a igualdade e a equidade", finaliza a professora Elizete Kreutz. A professora Cecília Consolo participou encaminhando um vídeo, pois não conseguiu chegar a tempo em virtude de atraso no voo.

 
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