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Intercambistas de Xanxerê cumprem distanciamento social em Portugal e na Espanha

CÂMPUS CHAPECÓ Data de Publicação: 20 mar 2020 15:09 Data de Atualização: 06 out 2020 15:29

Quatro estudantes do IFSC Câmpus Xanxerê cumprem medidas de distanciamento social em países da Europa. Eles embarcaram há pelo menos 10 dias para participar do Programa de Intercâmbio do IFSC, o Propicie, e as passagens de volta estão marcadas para junho.

Os estudantes de Engenharia Mecânica Jhou Maik Trampusch e João Pedro Müller moram juntos em Porto, Portugal. Também está na cidade, morando em uma casa de estudantes, a aluna do técnico integrado em informática Clara Pithon da Silva. E, o quarto aluno, Daniel Baraldi, está em Bilbao, na Espanha. 

Os alunos participaram das etapas do edital do Propicie no segundo semestre de 2019, foram aprovados, e embarcaram para desenvolver projetos de pesquisa em universidades da Europa. Alguns dias após chegarem aos destinos, foram surpreendidos com o aumento dos casos de coronavírus e com decretos presidenciais focados no distanciamento social. Nos últimos dias, todos estão dentro de casa, com a mesma visão da janela: ruas vazias.

Em Portugal, Clara Pithon da Silva participa do projeto The Route, sobre rotas turísticas. Com o decreto de estado de emergência, publicado na quarta (18) pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa, Clara não tem alternativa: está dentro de casa, aguardando pelas atividades que desenvolverá de forma remota. Até esta sexta (20), o governo português havia confirmado 1.020 casos de infectados e seis mortes.

Clara cumpre o distanciamento social em uma casa de estudantes, onde alugou um quarto. No mesmo local estão seis brasileiros, sendo quatro estudantes de outros câmpus do IFSC. “Saímos apenas uma vez para ir ao mercado, que está com falta de alguns alimentos e produtos de limpeza. Também estão fechando mais cedo e em alguns estabelecimentos só estão permitindo a entrada de uma pessoa por vez”, relata.

Com aeroportos fechados e/ou lotados, o retorno de Clara continua agendado para 4 de junho.  “O IFSC nos orientou a voltar para o Brasil, porém está difícil encontrar passagens, principalmente saindo aqui do Porto, pois teria que ir até Lisboa. Por isso, eu e meus pais achamos melhor esperar mais alguns dias até tomar uma decisão. Está tudo muito incerto, vários voos sendo cancelados e não consegui remarcar a minha passagem de volta.”

João Pedro Müller também está com passagem agendada para junho e, por enquanto, não pensa em voltar antes. “Cheguei a pensar, mas devido ao gasto, a dificuldade de retorno e a possível perda da oportunidade decidiram ficar”, afirma. Mesmo diante da decisão de ficar em Portugal por enquanto, o estudante participa a distância do projeto "OP - Produção Otimizada". 

Na mesma casa, mora o colega de Engenharia Mecânica Jhou Maik Trampusch, que desenvolve também a distância um projeto de gestão e simulação de redes elétricas e edifícios inteligentes. “Estou na fase de pesquisa sobre o tema, mais concentrado no conforto térmico do edifício inteligente e nos softwares existentes para simular os fluxos de ar em espaços fechados”, detalha o estudante.

O retorno dele também está incerto, já que a passagem de volta está marcada para daqui a dois meses e meio. “Não pretendo adiantar e nem adiar a volta, visto que os orientadores concordaram que é produtivo e sensato eu permanecer o desenvolvimento do trabalho por aqui mesmo, mesmo que a distância inicialmente”, afirma.

Em relação ao clima na cidade portuguesa, João Pedro e Jhou Maik contam que o medo é constante, por isso existem menos pessoas nas ruas, os supermercados e lojas estão com horários especiais de atendimento, os ônibus são gratuitos, para não haver contato com o motorista, e tanto os ônibus quanto os trens e metrôs têm horários diferentes do habitual.

O estudante Daniel Baraldi também está na mesma situação que os outros três intercambistas: dentro de casa. Mas, no caso dele, em Bilbao, no norte da Espanha. O estudante viajou para participar da concepção e projeto de uma mini turbina em condutos de irrigação. Em meio às atividades do intercâmbio realizadas de forma online, sai de casa apenas para ir ao mercado e levar o lixo. “Moro com uma senhora que não saiu mais de casa, em razão da idade e do medo. Então, vou quando é necessário, mas evito mercados muito cheios e não toco com as mãos em corrimãos ou maçanetas”.

Com passagem de volta apenas para 6 de junho, aguarda a normalização das companhias aéreas. “Aqui o governo está tomando medidas bastante diretas, restringindo a circulação das pessoas para ir ao mercado, farmácia e necessidades básicas (tirar o lixo e levar o cachorro fazer as necessidades). Fora isso, qualquer movimentação está sujeita a repreensão da polícia e também sujeito a multa”, relata. Nesta sexta (20), a mídia noticiava em torno de 20 mil casos e mais de 1 mil mortes em razão do coronavírus na Espanha.

 

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