Mobilidade virtual na Espanha

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 08 nov 2022 10:54 Data de Atualização: 08 nov 2022 11:13

Hoje o relato é da nossa estudante Marcella Ferreira, de 27 anos, que foi selecionada no edital de mobilidade virtual e está cursando disciplinas on-line na Universidad de Deusto na Espanha. Ela é nossa egressa no curso técnico subsequente em Guia de Turismo Regional SC pelo Câmpus Florianópolis-Continente e atualmente está cursando graduação em licenciatura em Química no Câmpus São José

Leiam abaixo como está sendo a sua experiência:

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Me inscrever para o intercâmbio virtual foi uma das melhores coisas que fiz esse ano. Estudar na Universidad de Deusto, mesmo sendo de forma on-line, sem dúvida está sendo uma experiência incrível. Os cursos são voltados para a área de gestão e administração de empresas, direito, negócios, etc, o que é totalmente fora da minha zona de conforto. Essa foi minha maior dificuldade no início, porque eu sabia pouco ou quase nada sobre os temas, mas isso é muito bom porque também está me fazendo aprender muito.

Dos cursos que estavam disponíveis, escolhi “International Business in a Post-covid19 World”   e “Dirección Estratégica”. A língua estrangeira também foi um desafio. Inglês eu já sabia muita coisa, mas não tinha prática de conversação, e espanhol eu já domino bem, o que foi mais tranquilo. Em nenhum momento me senti desamparada ou perdida. Os professores sempre explicam tudo muito bem, disponibilizam horários depois da aula e até o e-mail para tirar dúvidas e, mesmo sendo virtual, eles transformam os encontros síncronos no mais perto possível de um intercâmbio presencial – como, por exemplo, pedir para manter as câmeras ligadas o tempo todo, participação em aula, trabalhos em grupo, dinâmicas nas videochamadas, alguns jogos online.

Em uma das disciplinas, também converso muito com a professora antes da aula e aprendi muito com a experiência dela. Uma das coisas que eu mais gostei também foi de poder interagir com pessoas de vários lugares do Brasil e principalmente do mundo. Fiz amizades com pessoas do Peru, México, Finlândia, Irlanda e do Brasil também e é muito legal essa interculturalidade.

Após algumas semanas de aula, eu estou percebendo uma considerável melhora principalmente no inglês. Também não posso deixar de mencionar que, dentro da Universidad de Deusto, tem outros programas e atividades (presenciais) e também online. A forma online, da qual estou participando, é através do Virtual Buddy, em que somos divididos em grupos e temos uma série de atividades mensais para que possamos nos conhecer e ter mais contato com alunos que estudam presencialmente em Bilbao.

Eu não tenho absolutamente nada de negativo a declarar. Inclusive, um dos meus sonhos atuais é conhecer Deusto pessoalmente e ver os meus professores de lá ao vivo! Estou amando muito essa experiência e essa Universidade e me deu mais vontade ainda de fazer um intercâmbio presencial um dia! Apenas, se tiverem oportunidade, se inscrevam, seja presencial ou virtual. É uma experiência única e maravilhosa que marca pra sempre!

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Jovens Embaixadores: aluna do IFSC volta pronta para novos desafios

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 23 ago 2022 08:38 Data de Atualização: 23 ago 2022 08:50

A aluna Nathália Pereira do curso superior de tecnologia em Alimentos do Câmpus Canoinhas viajou para os Estados Unidos, entre 1º e 18 de julho, em um intercâmbio de curta duração pelo programa Jovens Embaixadores. Patrocinado pela Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil, o programa selecionou cinquenta estudantes brasileiros do ensino médio da rede pública para serem os jovens embaixadores deste ano. A seleção aconteceu enquanto Nathália estava no curso técnico integrado em Alimentos do IFSC.

Ela foi a única catarinense selecionada na edição de 2022 do programa. Veja o que ela nos contou sobre a experiência:

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Sempre fui uma pessoa que queria fazer a diferença no mundo e ingressar no ensino médio na Rede Federal foi o passo decisivo para que isso virasse realidade. O IFSC me apresentou uma rede de apoio e uma série de oportunidades para que eu colocasse todas as minhas ideias em prática e conseguisse ajudar a minha comunidade. Foi graças ao grêmio estudantil do meu campus que eu consegui ajudar não só meus colegas a terem uma vida no campus mais digna, mas também criar um espaço democrático para todos os estudantes. E foi por meio dele que eu pude viver a experiência sem igual que é o Jovens Embaixadores.

Para uma pessoa que mal tinha saído do próprio estado ir para outro país foi uma aventura como nenhuma outra. Além de voltar conhecendo muito sobre a cultura norte-americana, eu também voltei com muito mais conhecimento sobre o meu próprio país, por conta das trocas que consegui ter com os outros 49 incríveis participantes que viveram tudo isso comigo.

Todas as atividades feitas durante o programa, não apenas nos aproximaram, também nos prepararam para sermos melhores líderes e membros ativos da comunidade. Esse programa me fez perceber o quão longe eu posso chegar e como todos os sonhos que eu sempre achei que eram distantes da minha realidade não eram impossíveis, só precisavam ser vistos por um novo ângulo.

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Leia aqui a reportagem completa sobre o intercâmbio da Nathália. Para quem ficou interessado no programa Jovens Embaixadores, as inscrições para a próxima edição estão abertas até 12 de setembro. Saiba mais aqui.

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Alunos compartilham a experiência de fazer intercâmbio virtual

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 03 ago 2022 11:43 Data de Atualização: 05 ago 2022 09:24

Recebemos o relato final de quatro estudantes do IFSC que participaram de programas de mobilidade virtual. No primeiro semestre deste ano, eles cursaram disciplinas on-line em instituições estrangeiras. Mauricéia, Edivaldo e Gabriel estudaram no Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) em Portugal. Já Márcia participou de aulas na Universidad de Deusto na Espanha. 

Leiam abaixo o relato dos alunos:

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Relato de Mauricéia Rita Dalle Tese | Aluna do curso técnico em Agronegócio no Câmpus São Lourenço

Sendo honesta, nas primeiras aulas, me senti um peixe fora d’água e vi que realmente tinha escolhido as unidades curriculares erradas. Porém, com o passar das aulas e observando a disponibilidade dos docentes em nos ajudar, foi algo que me animou muito. Os fusos-horários são diferentes, algo cansativo, mas que se tornou algo satisfatório, pois após cada aula eles tiravam o tempo para conversar com os alunos do outro lado e ver se restou dúvidas.

Em momento algum tive 1% de arrependimento ao decidir fazer este intercâmbio. Mesmo sendo virtual, o aprendizado foi incrível. A atenção que os docentes nos deram é fora do comum, ainda mais por se tratar da distância. Muitas vezes, nem presencialmente temos esse “contato”, oportunidade de se expôr e indagar se necessário.

Eu estava empolgada em elaborar e apresentar um artigo sobre resíduos sólidos, o qual meu tema foi: “Resíduos gerados em laticínios: Um estudo de caso na empresa Lorenzo S/A de São Lourenço do Oeste, Santa Catarina- Brasil”. Foi um trabalho que necessitou dedicação e foco. Minha empolgação foi ao encontro de uma boa apresentação, conseguindo, desta forma, interagir com os colegas que atuam presencialmente, bem como a docente que, visivelmente, ficou satisfeita com o trabalho.

Diante das duas unidades currículares escolhidas, tive aprovação, sem necessidade de  exame final para recuperação de nota. Muito gratificante a interação que tivemos!

Agradeço mais uma vez a oportunidade e  gostaria que mais estudantes se interessassem em se dedicar e aprender com outras instituições.

Relato de Edivaldo Lubavem Pereira | Aluno do curso de especialização em Tecnologias para Educação Profissional do Cerfead 

Olá, muito prazer. Me chamo Edivaldo, tenho 33 anos e resido do município de Orleans/SC localizado na região sul catarinense. Sou graduado em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda pela Unisul (2010), licenciado em Educação do Campo com ênfase em Ciências na Natureza e Matemática pela UFSC (2016), licenciado em Educação Profissional e Tecnológica (complementação pedagógica) pelo IFSC (2020), especialista em Educação Científica e Matemática e em Gestão Escolar - ambas também pelo IFSC (2020) - e mestre em Educação pela UDESC (2021). Recentemente conclui a especialização em Tecnologias para Educação Profissional, ofertada pelo Cerfead.

Inicialmente passei por uma grande adaptação, onde recebi da coordenação do Instituto Politécnico o endereço eletrônico, login e senha para acessar a plataforma zoom e participar das aulas. No período de adequação, surgiram várias descobertas, o que me permitiu avançar cada etapa do intercâmbio, porém algumas delas exigiram maior entendimento - a exemplo da linguagem, o ritmo das aulas, os textos de leituras, a plataforma moodle - a fim de compreender o funcionamento do Instituto Politécnico de Setúbal.

Expresso por essas linhas o quão foi significativo ter participado do intercâmbio de Mobilidade Virtual, em parceria entre o IFSC e IPS. A professora Ana Moura. titular da disciplina intitulada “Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem”, me acolheu de forma gentil, mostrando-se a todo tempo aberta, solícita e compreensiva. Minha experiência é fruto da colaboração entre as instituições de ensino que ampliou minha bagagem acadêmica e pessoal.

Ressalto ainda que, a convite da professora Ana, me foi concedido espaço para partilhar experiências sobre Paulo Freire, dentre outras concepções que versam o legado da pedagogia Freiriana no Brasil. Destaco que esta aula foi enriquecedora, discutimos reflexões acerca da educação, da política, da formação acadêmica no contexto brasileiro.

Outro marco importante refere-se à elaboração do trabalho final entre equipes. Foi muito importante essa articulação porque tivemos que nos organizar em horários alternativos, nos finais de semana em que os integrantes pudessem participar. Minha equipe e eu achamos pertinentes apresentar elementos que compõe as fases da adolescência, extraídos do livro intitulado “Adolescência – uma interpretação psicanalítica”” , escrito pelo psicanalista alemão Peter Blos, sugerido pela professora Ana. Durante sua elaboração, utilizamos os recursos tecnológicos de WhatsApp, e-mail e google drive que potencializaram a comunicação para a elaboração do trabalho.

No que se refere aos conteúdos, os primeiros encontros abordados versaram sobre as concepções da Aprendizagem que explorou a visão Behaviorista, Construtivista, os conceitos de Socioconstrutivismo e Sociointeracionismo, bem como a Sociedade do Conhecimento, as Estruturas Cognitivas do estudante e a relação entre Aprendizagem Significativa e aprendizagem Cooperativa. No segundo período fora estudado acerca de Vygostsky e a Teoria Histórico-Cultural que contemplam as etapas da aprendizagem e o desenvolvimento global da criança. No período seguinte, as investigações de Erik Erikson tomaram corpo e, a partir dele, as discussões sobre a Teoria do Desenvolvimento Psicossocial e os Estágios do  desenvolvimento Psicossocial findaram o terceiro momento.

Para finalizar, deixo registrado que tal experiência contribuiu para minha formação acadêmica e pessoal. Para mim, o intercâmbio é a oportunidade que o acadêmico tem para inovar sua visão social e ampliar sua bagagem cultural. Tive a alegria de poder argumentar sobre o desenvolvimento educacional das escolas Públicas do Município de Orleans e os desafios que a Educação necessita vencer na contemporaneidade. No entanto, os colegas portugueses demonstraram empatia e me acolheram calorosamente, sempre à disposição. 

Logo nos primeiros encontros, eles adicionaram-me no grupo de WhatsApp da turma, a professora Ana retornava meus e-mails com frequência e a coordenação do Instituto Politécnico de Setúbal se manteve solicita durante o intercâmbio.

Relato de Gabriel Fernandes Bino | Aluno do curso de Sistemas de Informação do Câmpus Caçador

Durante o período das aulas, foram desenvolvidas algumas habilidades com a linguagem de programação C, como a criação de procedimentos e funções, o pensamento lógico para escrever algoritmos e o desenvolvimento de aplicações utilizando matrizes. 

O grande desafio encontrado foi conciliar o tempo para realizar as atividades do curso e da faculdade dentro do prazo. Cada aula tinha a sua lista de atividades para ser entregue até a aula seguinte. Para realizar as listas de atividades era necessário consultar os slides da aula e pesquisar alguns assuntos pontuais na internet, não colocados nos slides pelo professor de  forma proposital, para instigar o desejo pela busca por mais informações.

Participar deste programa de mobilidade virtual no IPS foi incrível, não só pelo conhecimento adquirido com a linguagem de programação C, mas principalmente pela oportunidade de ampliar a rede de contatos com professores e estudantes no exterior.

Relato de Marcia Romão | Aluna do curso superior de tecnologia em Gestão de Turismo do Câmpus Florianópolis-Continente

A minha experiência na Universidade de Deusto me motivou bastante a buscar por outras chances de estudar fora do país. A oportunidade de adquirir novos conhecimentos e aprender de uma forma bem diferente da que estou habituada, foi gratificante. 

A mobilidade virtual me possibilitou conhecer uma outra cultura, interagir com colegas do mundo todo e de diversos cursos. Fiz ótimas amizades com colegas de outros países, como Chile e Irlanda, meninas maravilhosas que me ensinaram muito e que ficaram minhas amigas na vida pessoal também.

Fiz duas disciplinas e as aulas foram muito boas. Os docentes são muito capacitados e os colegas de aula muito motivados. A pontualidade é britânica e a rapidez com que fazem as tarefas é inacreditável. 

Houve atividades em grupo, apresentações de trabalhos e a utilização do Google Meet para as aulas síncronas e do Moodle para a as atividades facilitou bastante, uma vez que utilizo em alguns cursos do IFSC. Pude aproveitar bem os conteúdos e a vivência com os professores e os colegas de curso, sempre dispostos a ajudar, o que foi muito bom, pois era uma metodologia nova, em outro idioma e as disciplinas foram bem puxadas, com muitas atividades, bem acima do que estamos habituados aqui no Brasil.

Uma das disciplinas foi muito enriquecedora, pois a professora é maravilhosa e me motivou muito a estudar. Sempre conversava com ela antes da aula e aprendi muito com sua experiência. A forma como a professora distribuía as atividades fazia com que todos conseguissem acompanhar a disciplina e sua dinâmica de trabalho era excelente. Fiquei muito feliz em ter sido a melhor aluna da disciplina e irei aproveitar muito essa experiência no meu dia-a-dia, sempre será uma boa lembrança.

Em outra disciplina, a situação foi um pouco diferente, pois como os cursos são na Língua Espanhola e, apesar de conseguir compreender bem, senti um pouco de dificuldade em fazer os testes e as provas no tempo exigido pela professora, porém acredito que estudar em outro país, com outra cultura, é um desafio que nos estimula a seguir em frente e, sobretudo, aperfeiçoar a língua nativa do país. Apesar de sentir dificuldade, fui bem na disciplina, o que também me motiva a enfrentar novos desafios em outras instituições de ensino.

Também participei do Virtual Buddy Program, onde tivemos encontros mensais com alunos do mundo todo e fiz novas amizades. Eu sempre quis estudar em outro país e a oportunidade na Universidade de Deusto sem dúvida foi perfeita. Vale a pena fazer uma mobilidade acadêmica e espero repetir essa experiência em outras universidades, pois é sempre bom sair da zona de conforto, adquirir novos conhecimentos e fazer novas amizades.

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Propicie: dúvidas frequentes

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 06 jun 2022 09:32 Data de Atualização: 08 jun 2022 11:20

Conforme já divulgamos no nosso Portal e nas nossas mídias sociais, estamos com inscrições abertas para a 18ª Propicie, um dos nossos programas de intercâmbio. Estamos muito felizes de, depois de dois anos, podemos retornar este programa que já possibitou que centenas de alunos do IFSC tivessem uma experiência de pesquisa e aprendizado internacionais.

As inscrições estão abertas até 15 de junho. Para ajudar os estudantes que sonham em participar de um intercâmbio, organizamos neste post as principais dúvidas que recebemos sobre o Propicie. Vejam se vocês cumprem os pré-requisitos necessários do edital e participem!

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O que é o Propicie?
Propicie é o Programa de Intercâmbio Internacional para Estudantes do IFSC que existe desde 2010 e já levou, a mais de 300 alunos, a oportunidade de participar de um projeto de pesquisa em uma instituição estrangeira.

No Propicie, o aluno estuda em uma instituição estrangeira?
Pelo Propicie, o aluno do IFSC não irá assistir às aulas de um curso no exterior, mas sim participará de um projeto de pesquisa já em andamento na instituição estrangeira. Portanto, o estudante irá integrar uma equipe de pesquisa pré-existente.

Quem pode participar?
Os critérios de seleção podem variar de uma edição para outra, pois também dependem das exigências dos projetos ofertados pelas instituições parceiras no exterior. Normalmente, podem se inscrever no programa alunos que estiverem regularmente matriculados em um curso técnico ou de graduação no IFSC - observados os respectivos pré-requisitos. Nesta 18ª edição, que está com inscrições abertas, podem participar estudantes de nível superior (graduação) e estudantes de nível técnico, desde que seu curso tenha duração maior que um ano.

Preciso saber falar outro idioma para me inscrever?
Sim, é necessário possuir nível B1 de proficiência em língua inglesa, de acordo com o Quadro Comum Europeu de Referência para Línguas. Conforme o edital desta 18ª edição, a avaliação da proficiência na língua inglesa será determinada de acordo com o desempenho do candidato em entrevista de proficiência do idioma, a qual será realizada por uma banca formada por um membro da Assessoria de Relações Externas e Assuntos Internacionais (Arexi) e um membro da Comissão Gestora do Edital IFSC/GAB nº 05/2022 – PROPICIE 18, ambos proficientes na língua inglesa. A entrevista terá a duração de até 15 minutos.

Para quais países posso ir pelo Propicie?
O IFSC possui acordo com instituições de diversos países. Para o edital que está com inscrições abertas no momento, os destinos são Portugal, Alemanha, Espanha e Finlândia.

Preciso falar inglês mesmo se estiver me inscrevendo para uma vaga em Portugal?
Sim, pois os projetos são destinados a alunos intercambistas e baseiam-se na língua inglesa. Na Alemanha, Finlândia e Espanha, a língua utilizada durante as interações acadêmicas também será o inglês.

Preciso de um atestado de proficiência do inglês ao realizar a inscrição?
Não, pois a aferição de proficiência dos candidatos será feita unicamente por meio de entrevistas. 

Quais as instituições que participam do Propicie?
Em Portugal, temos o Instituto Politécnico de Bragança, o Instituto Politécnico de Beja, o Instituto Politécnico de Setúbal e o Instituto Politécnico do Porto. Na Espanha, temos a Universidade de Deusto e, na Finlândia as atividades acontecerão na Universidade de Ciências Aplicadas HAMK. Por fim, na Alemanha, participam do nosso programa a Universidade de Ciências Aplicadas de Neubrandenburg e a Universidade de Ciências Aplicadas de Schmalkalden.

Posso escolher o projeto de pesquisa que quero participar?
Sim, a escolha do projeto é um requisito para a inscrição. A escolha precisa ser feita no Formulário de Inscrição, respeitando o seu nível de ensino (se técnico ou se superior), com a indicação do Código do projeto escolhido (conforme consta nos Anexos IA ou IB do edital).

O IFSC oferece auxílio financeiro para quem for selecionado?
Nesta edição, haverá oferta de cinco bolsas de auxílio financeiro. Além disso, há a possibilidade de sete vagas para alunos que quiserem realizar a mobilidade mesmo que não tenham sido contemplados com a bolsa. 

A instituição estrangeira oferece moradia aos intercambistas?
Não, a hospedagem deverá ser custeada pelo próprio aluno e/ou com recursos do auxílio financeiro fornecido pelo IFSC (no caso dos candidatos contemplados com as bolsas).

Quando abrem as inscrições?
Em função da pandemia, o programa esteve suspenso por dois anos e, agora, está com inscrições abertas até 15 de junho para sua 18ª edição. Saiba mais aqui.

Como posso me inscrever?
A inscrição deve ser feita unicamente por meio do Formulário de Inscrição, no qual o estudante deverá anexar todos os documentos requisitados no item 5.6 do Edital.

Fui selecionado e não sei como procurar uma hospedagem em outro país. O que devo fazer?
A Assessoria de Relações Externas e Assuntos Internacionais do IFSC (Arexi) tem algumas informações sobre hospedagem, restaurante universitário e afins nas instituições, que serão repassadas diretamente para os alunos selecionados quando essa etapa chegar.

O IFSC compra minhas passagens aéreas?
Não. O estudante contemplado fica responsável pela compra das passagens, bem como pela administração do valor recebido para arcar com as demais despesas (no caso dos candidatos contemplados com as bolsas).

Se eu for selecionado, quando devo embarcar?
O prazo máximo para os estudantes contemplados se apresentarem presencialmente nas instituições parceiras no exterior é entre a segunda semana de setembro e a primeira semana de outubro, a depender do projeto escolhido.

Qual a duração do Propicie?
Cerca de três meses

Enquanto estiver fazendo intercâmbio, como ficam minhas aulas do IFSC?
A situação acadêmica do estudante deverá ser tratada diretamente com a coordenação de curso e o setor de Registro Acadêmico do câmpus. Em qualquer caso, a matrícula junto ao IFSC não é trancada, visto que uma das exigências do intercâmbio é que o estudante mantenha  o seu vínculo com o IFSC.

Preciso enviar algum relatório enquanto estiver fazendo intercâmbio?
Sim. A equipe da Arexi solicitará mensalmente um relatório parcial  das experiências e um relatório completo após o término do intercâmbio. Inclusive, muitos destes relatórios viram posts aqui deste Blog dos Intercambistas.

Preciso fazer algum seguro-saúde?
Sim e a contratação é de responsabilidade do estudante.

Preciso de visto para viajar?
Para viagens de até 90 dias, que é o período de duração do Propicie, o visto estudantil não é necessário para os países de destino da 18ª edição do Propicie. Mas atenção: é preciso ter passaporte. Então, quem ainda não tem e vai se candidatar às vagas já deve providenciar Os estudantes selecionados para esta edição do Propicie somente poderão realizar a viagem de intercâmbio portando passaporte válido até, pelo menos, maio/2023. Veja como obter passaporte no site do Governo Federal.

Como posso saber mais sobre a experiência de quem já participou do Propicie?
Produzimos a reportagem abaixo com uma turma de alunos que participou do programa em 2019:


Temos outras reportagens em vídeo no nosso canal do YouTube na playlist Pelo Mundo. Além disso, aqui no Blog dos Intercambistas, temos vários relatos de estudantes que participaram no programa. Temos ainda a gravação de uma live que fizemos com alguns dos nossos intercambistas.

Ainda tenho dúvida. Como posso esclarecer?
Leia com muita atenção o edital e, se precisar, envie e-mail para arexi@ifsc.edu.br. A Arexi também organizou uma live para apresentar o programa e tirar dúvidas sobre esta edição. Dois intercambistas também falaram sobre sua experiência. Assista à gravação:

 

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Mobilidade Virtual no IPS

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 11 fev 2022 11:08 Data de Atualização: 11 fev 2022 11:15

Nossos programas de intercâmbio ainda não voltaram a acontecer de forma presencial em função da pandemia, mas os alunos estão tendo a oportunidade de viver esta experiência de modo virtual. Vejam os relatos que recebemos de quatro estudantes que participaram do projeto de Mobilidade Virtual no Instituto Politécnico de Setúbal em Portugal.

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Relato da Andréia Brognolo Darôs | Aluna do curso de especialização em Docência para Educação Profissional do Câmpus Araranguá

 Eu descobri a possibilidade do Intercâmbio Virtual através de uma das publicações do Blog dos Intercambistas do IFSC e depois fui pesquisar mais a fundo. A possibilidade de fazer online me chamou a atenção, pois eu não teria condições financeiras de estar lá presencialmente.

Confesso que os primeiros dias foram um pouco difíceis. Por se tratar de algo novo, não temos uma receita pronta. Foi novo para mim, que nunca havia tido uma experiência de estudo em outro país, e imagino que para os colegas e professores do IPS também é algo novo, pois estavam acostumados a acolher os estudantes de intercâmbio presencialmente.

Até descobrir como acessar o sistema, passei certa dificuldade. Fui descobrindo aos poucos como funcionava. Primeiramente, recebi por e-mail login e senha para acesso às plataformas, que foram Plataforma Teams e o Moodle. Achei que por ali já receberia os conteúdos, mas me enganei. As aulas ocorreram lá de forma presencial e precisei entrar em contato, através de e-mail institucional, com os professores de cada disciplina para pedir os links de acesso.

Esse foi meu primeiro contato com os professores e já percebi que eram muito acolhedores. Acabei perdendo a primeira semana de aulas até conseguir me adaptar ao sistema e também ao fuso horário, pelo fato de eu precisar conciliar a rotina do trabalho com os estudos, mas conseguir pegar os conteúdos com os colegas. Passado o nervosismo e dificuldades do período de adaptação, foi uma experiência maravilhosa!

Participei da Licenciatura em Educação Básica (Equivalente no Brasil ao curso de Pedagogia), onde cursei as disciplinas de Sociologia da Educação (SEOE) e também Contextos Multiculturais na Educação (CME), e Licenciatura em Comunicação Social (equivalente no Brasil ao curso de Jornalismo), onde cursei a disciplina de Economia, gestão e empreendedorismo (EGE). Precisei cancelar algumas das quais tinham me inscrito no começo, pois acabaram coincidindo nos horários.

Na aula de EGE, tive mais dois colegas intercambistas brasileiros, o que ajudou muito, pois fizemos os trabalhos em grupo e nos relacionamos muito bem. Na aula de SEOE, fiz amizade com uma colega portuguesa, que também assistia às aulas de modo Virtual, ela me auxiliou muito tirando algumas dúvidas e fizemos os trabalhos em grupo. Lá em Portugal eles estão bem avançados e são flexíveis na questão do Ensino Híbrido, mesmos os alunos que normalmente frequentam presencialmente, e que não podem estar presentes naquele dia, tem a possibilidade de assistir a aula ao vivo de forma remota.

Já na aula de CME, eu fui a única intercambista e a única a participar virtualmente, e foi mais difícil, no início, compreender o que se passava. Mas aos poucos, fui fazendo trabalhos de grupo, fazendo contato com os colegas, e acabou sendo muito bom. Na aula de CME, no meio do semestre tive contato com uma professora brasileira, que me ajudou muito a perceber as diferenças, tanto positivas, quando negativas, existentes nos modelos educacionais, e no geral também, entre Brasil e Portugal. Pelo que pude perceber é uma prática dessa disciplina, essa troca de professores durante o semestre. Na minha opinião, essa experiência de rodízio de professores, é positiva para aumentar a diversidade em sala de aula. No geral, os professores gostavam bastante, quando eu trazia exemplos brasileiros para discutirmos nas aulas e trabalhos.

Escolhi essas disciplinas, pois a de Economia, gestão e empreendedorismo tem relação com a graduação que eu fiz, que é em Administração. Meu objetivo foi analisar como são ensinados estes conceitos no mercado de trabalho europeu. Já as disciplinas de Educação tem relação com meu curso no IFSC, que é de docência. Analisei as diferenças em relação aos conteúdos e práticas docentes ensinadas no Brasil.

Em relação ao uso de línguas estrangeiras, desde o primeiro trabalho que realizei, entendi que, em Portugal, é exigência que o aluno ingresse no ensino superior sabendo Inglês, por isso, vários artigos dos quais analisamos eram em inglês, diferentemente do Brasil, onde o inglês não é tão cobrado. Mas quando a professora perguntava quais as dificuldades tivemos ao analisar os artigos, a maioria dos colegas portugueses relataram ter dificuldade com o idioma, por conta dos termos técnicos. Para mim foi muito bom, pois pude colocar em prática meu inglês, que é de nível intermediário.

Como avaliação, a maioria dos trabalhos que fiz foram em grupo, sendo por vezes, análises e resenhas críticas de artigos científicos. Percebi que lá os professores sempre cobram bastante espírito crítico, criatividade e trabalho em equipe. Eles nos incentivam sempre a pensar criticamente e a “desafiar o sistema”, confrontando as ideias dos autores. Muitos trabalhos foram em grupo, então naturalmente fui fazendo contatos, o que ajudou muito no meu desenvolvimento nas disciplinas. Passei também a acompanhar alguns colegas nas redes sociais, e assim me senti mais próxima deles.

Sem dúvidas essa experiência internacional do intercâmbio virtual foi maravilhosa e as oportunidades que ele trouxe valeram muito a pena. Pretendo incentivar meus colegas a buscarem experiências como essa, pois agregam muito para o currículo e para a vida!

Vinícius Bortolini | Aluno do curso de bacharelado em Sistemas de Informação do Câmpus Caçador

O intercâmbio em modalidade virtual realizado no Instituto Politécnico de Setúbal foi uma experiência incrível. Desde o início da minha graduação sempre quis fazer um intercâmbio. Este intercâmbio em modalidade virtual permitiu que fosse possível participar das aulas em Portugal, enquanto no Brasil eu concluía meu Trabalho de Conclusão de Curso e concluía minhas últimas disciplinas da graduação. Além disso, pude continuar no meu trabalho, pois consegui mudar meu turno para conseguir participar de todas as aulas. Durante o intercâmbio aprendi muito, tanto nas disciplinas que participei quanto no conhecimento trocado com meus colegas.

Os professores e alunos foram muito receptivos. Nas duas primeiras semanas eu ainda não conhecia meus colegas, mas após criarem um grupo com todos os alunos, consegui conhecer meus colegas e fazer amizades com eles. Além disso, os seminários propostos nas disciplinas me permitiram me aproximar ainda mais dos outros alunos e conhecer mais sobre eles.

No início, o idioma foi um pouco difícil, devido ao pessoal de Portugal utilizar outras palavras que ainda não conhecia, mas com o tempo fiz amizade com outros estudantes e eles me explicavam o significado de algumas, como, por exemplo “Malta” que corresponde à “Pessoal / Galera”.

Após a metade do semestre em uma das disciplinas foi realizada a troca do professor. Este professor da segunda parte da disciplina seu idioma é o inglês britânico. Senti dificuldades nesta matéria devido ao idioma, mas meus colegas me ajudaram quando precisei me comunicar com o professor ou quando o professor conversava diretamente comigo, pois algumas palavras eu não conseguia entender.

As disciplinas que cursei foram apenas duas: Segurança da Informação e de Software e Análise de Dados. Ambas disciplinas eram do curso de mestrado do IPS e o nível de cobrança era maior. Nestas disciplinas aprendemos o teórico e a prática, o que nos ajudou a compreender melhor os conteúdos vistos em aula. Em minha graduação no IFSC tive disciplinas semelhantes a essas, o que facilitou para o entendimento dos novos conteúdos vistos nestas matérias. Devido ao sotaque e algumas palavras do idioma serem diferentes, acabei me concentrando ao máximo possível durante as aulas para aprender o conteúdo e ao final delas realizar as atividades propostas enquanto o conteúdo ainda estava quente rsrs.

A partir de novembro, devido ao fim do horário de verão em Portugal, os horários de minhas aulas no IPS e no IFSC acabaram dando conflito no período de 1 hora, que seria a primeira hora na aula no IFSC e a última aula no IPS. Neste período de novembro e dezembro acabou sendo o mais puxado, pois saía do trabalho, em seguida já começava a aula do IPS e no final da aula do IPS iniciava minha aula no IFSC. Contudo, consegui acostumar e correr atrás do que era preciso. Além do conhecimento técnico aprendido, também troquei experiências com os colegas que fiz amizade conversando durante os momentos que nos reunimos em chamada de vídeo para desenvolver os trabalhos e seminários das disciplinas. Nestas chamadas conheci mais sobre o estilo de vida e como é viver em Portugal.

O programa de intercâmbio em modalidade virtual foi uma experiência incrível! Ele permitiu conhecer mais sobre a cultura de outro país, conhecer mais ainda sobre temas que estudei no IFSC de minha cidade e ainda fazer novas amizades com pessoas de outro continente. A experiência foi tão marcante que após esse intercâmbio ficou uma vontade enorme de querer ir para Portugal, conhecer os amigos que fiz, conhecer o IPS e quem sabe morar em Setúbal rsrs.

Recomendo a todos participarem desse programa, pois as experiências que temos são as melhores!

Carla Claudino | Aluna do curso de mestrado profissional em Clima e Ambiente dos câmpus  Florianópolis, Itajaí e Garopaba

A experiência foi incrível. O processo de inscrição para concorrer às vagas foi tranquilo e tive todo o apoio necessário por parte do IFSC, em especial do coordenador do meu curso. Quando soube que a minha inscrição foi aprovada, fiquei imensamente feliz, pois em tempos de pandemia, poder t rocar ideia com pessoas de outros países mesmo que remotamente é muito legal.

A disciplina que tive a honra de participar foi a de Conservação e Reabilitação no Mestrado em Engenharia Civil. Durante as aulas, os conteúdos foram muito bem explicados e as atividades que foram presenciais foram adaptadas para os alunos da Mobilidade Virtual, de modo que todos puderam participar ativamente na disciplina.

Com relação às atividades realizadas, o trabalho final foi o mais interessante. Aqui no Brasil , eu e mais duas alunas da Mobilidade Virtual, que moram em Santa Catarina, nos reunimos e fizemos um a vistoria técnica no Museu E tno Arqueológico de Itajaí, onde foi possível conhecer mais sobre a história e arquitetura desta região. No Instagram do Museu foi colocada uma postagem referente à nossa visita e ao estudo.

Além das aulas, houve seminários com a presença de profissionais que explicaram sobre temas específicos relacionados à conservação e reabilitação de edificações antigas, como o Seminário de Reabilitação e Consolidação de Edifícios/Estruturas em Alvenarias Antigas, com a MAPEI, importante empresa na indústria da construção.

Com relação ao meu mestrado, a disciplina cursada agregou em termos de conhecimento acerca dos efeitos d os fenômenos ambientais nas edificações e como elas deve m ser dimensionadas, conservadas e reabilitadas, para que sejam segurase resilientes.

Por fim, quero agradecer à oportunidade e parabenizar o IFSC pelo apoio durante todo o processo.

Victória Fabris de Souza | Aluna do curso superior de tecnologia em Eletrônica Industrial do Câmpus Florianópolis

O Intercâmbio virtual foi uma possibilidade viável em meio a situação que nos encontramos frente à pandemia do novo Coronavírus. Para mim, que nunca tinha feito um intercâmbio antes, esta modalidade foi muito interessante para entender como se dá a comunicação entre aluno e professor e toda a organização de uma faculdade no exterior (mais especificamente em Portugal).

Como mencionado no primeiro relato, me matriculei em três disciplinas: Perspectivas em Bioinformática (Licenciatura em Bioinformática); Fundamentos de Sistemas de Informação (Licenciatura em Bioinformática); Introdução a Biotecnologia (Licenciatura em Biotecnologia).

Por conta de algumas dificuldades, finalizei com sucesso apenas a disciplina de Introdução à Biotecnologia. As dificuldades encontradas neste intercâmbio dizem respeito à modalidade dele. Por ser de forma virtual, alguns detalhes deste modo de comunicação pesam muito e acabam por dificultar a transmissão de informação.

Como mencionado nos outros relatórios, houve dificuldade em compreender corretamente as falas dos professores e dos demais colegas, não pelo idioma, mas (provavelmente) por conta do aparelho utilizado para transmitir a aula (microfone, principalmente). Eco, muito barulho de fundo e muita distância do microfone fizeram com que algumas palavras fossem perdidas e assim as frases ficassem sem sentido.

Houve certa dificuldade também por parte dos professores de conseguirem estabelecer a conexão via Zoom ou Teams; frequentemente a transmissão começava atrasada por conta disto. Atribuo isso aos mesmos não estarem acostumados com alunos no formato virtual.

Da minha parte, tive dificuldades em imergir totalmente na experiência do intercâmbio. Muito por conta da distância e não poder estar presencialmente. A questão do fuso horário foi confusa nas primeiras semanas. Por estes pontos e pela dificuldade de se manter uma rotina de estudos perfeita durante uma pandemia, somado ao fato de ter contraído Covid-19 no meio do semestre, acabei por desistir de 2 das 3 disciplinas que estava matriculada, pois notei que não iria conseguir me dedicar a todas. Assim, foquei minhas energias na disciplina Introdução a Biotecnologia.

A questão da língua foi muito facilitada por ser a língua portuguesa, muito próxima à que nós falamos no Brasil. Por vezes, ríamos pois algumas palavras em português tem significado diferente no Brasil e em Portugal. A conexão com a turma foi feita sem muitas dificuldades. A professora exibia nossa conexão online no telão para todos verem e eu via todos, pois ela apontava a câmera para a turma, então a sensação de estar realmente presente era mais real. Fiz apresentações para a turma e até participei de um debate científico. Foi uma experiência única.

Apesar das dificuldades pontuadas, o intercâmbio foi uma ótima e enorme fonte de conhecimento, amadurecimento e experiências das quais eu não poderia adquirir sem esta oportunidade de internacionalização. Chegando ao final do curso é comum e aconselhável procurar uma área dentro do seu curso no qual você se identifica e se aprofundar mais nela. Como programação foi algo que sempre me chamou muito atenção, vi no intercâmbio uma oportunidade de ter um maior contato com outra área que sempre gostei muito: biologia. Assim, esse intercâmbio em bioinformática me proporcionou não só experiências culturais, mas também bagagem para meu currículo e futuro profissional.

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Programa Futuros Líderes das Américas

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 08 fev 2022 10:09 Data de Atualização: 08 fev 2022 10:20

Além dos intercâmbios institucionais, nossos alunos têm a chance de participar de programas externos para ampliar seus conhecimentos. Este foi o caso da estudante Ana Laura Gonçalves que faz o curso superior de tecnologia em Gestão de Turismo no Câmpus Florianópolis-Continente. Ela foi selecionada para o Programa Futuros Líderes das Américas (PFLA), do Governo do Canadá em parceria com a Université du Quebéc à Trois-Rivières (UQTR). Leiam seu relato abaixo: 

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Meu nome é Ana Laura Gonçalves, tenho 29 anos e resolvi embarcar em uma experiência de intercâmbio. A oportunidade veio através de minha segunda graduação: Gestão de Turismo no Câmpus Florianópolis-Continente. 

O curso tem um grupo no whatsapp e no Instagram que se chama GESTUR e lá enviaram um edital explicando sobre o Programa Futuros Líderes das Américas (PFLA) e a possibilidade de os alunos do IFSC realizarem o intercâmbio na Universidade de Quebec em Trois-Rivières (UQTR). Como o meu é um curso de graduação, o período de intercâmbio é de um semestre.

Havia dois requisitos para poder participar da primeira etapa: enviar o histórico escolar, que teria que ter uma nota média mínima, e ter nível intermediário/avançado no francês. A comprovação do idioma poderia ser feita enviando o exame de proficiência ou uma declaração descrevendo que realmente teria o nível esperado.  Como eu não tinha o exame de proficiência e não daria tempo de fazer, então eu fiz a carta.

Daqueles que enviaram ambos os documentos seriam sorteadas cinco pessoas. Eu não fui sorteada e fiquei em uma lista de espera, até que chegou no meu nome e marcamos de fazer uma entrevista online em francês. Eu me preparei em um final de semana e fui bem na entrevista, recebendo no mesmo dia um atestado que eu tinha realmente o nível necessário. 

Depois da entrevista, eu e mais quatro estudantes do IFSC passamos pelo processo de inscrição da UQTR. O resultado saiu no começo de junho. Estava bastante ansiosa, pois iríamos saber se havíamos ganhado a bolsa do governo de 7 mil dólares para custear os nossos custos no Canadá. Infelizmente nenhum de nós foi contemplado, mas poderíamos optar pelo processo de ficar na fila de espera, de tentar vir com os próprios recursos ou tentar novamente no próximo ano. No momento eu não pensei muito na possibilidade por achar que seria obviamente muito caro arcar com meus próprios custos.

Mas no mesmo mês eu comecei a trabalhar para uma empresa de intercâmbios, a Intercultural, o que me aguçou ainda mais a vontade de realizar o intercâmbio. Percebi o quanto difícil era conseguir realizar os estudos gratuitamente em uma universidade no exterior, pois mesmo as públicas são pagas. Na UQTR o custo seria em torno de 38 mil reais, o que me deixou ainda mais interessada. 

Então resolvi responder à universidade que seguiria com o interesse em realizar o programa de intercâmbio durante um semestre e em outubro recebi a carta de aprovação da UQTR, a LOA. 

Com a LOA, eu já pude dar entrada no processo para tirar a permissão de estudos e também consequentemente a permissão de trabalho para o meu companheiro. Realizamos isso através de um despachante. 

No final de outubro conseguimos enviar todos os documentos e uma semana depois realizamos a biometria em São Paulo. Resolvemos arriscar no processo, porque o site do consulado do Canadá dá um prazo médio de 3 meses para obter um retorno e nós precisávamos que ficasse pronto antes, pois dia 18 de janeiro seria o último dia que eu poderia iniciar o curso no Canadá. 

Assim que o consulado solicitou que enviássemos o passaporte, já compramos a passagem e começamos a ver acomodação em Trois-Rivières, trabalho, locomoção, etc. O passaporte de meu companheiro chegou depois que o meu em uma quinta-feira, dia 13 de janeiro e embarcamos no dia 17. Também foi um sufoco no aeroporto. Conseguimos realizar o check-in 5 minutos antes do mesmo finalizar. O atraso foi devido ao teste PCR do Covid que precisamos fazer no aeroporto. Devido à alta demanda, demorou mais do que o normal. A equipe da aeronave nos disse que poderíamos embarcar no outro dia, sem problemas, mas o problema era que eu precisava chegar lá no outro dia. Eu precisava ter a minha permissão de estudos em mãos até o dia 18 de janeiro para poder enviar à Universidade e assim começar as aulas. 

Enfim, aos trancos e barrancos, deu tudo certo. Tive que fazer muitas pesquisas, ainda mais sendo em outro idioma que não o de costume. Enviei inúmeros e-mails à universidade do Quebec tirando todas as dúvidas possíveis. A única coisa da faculdade que precisei pagar foi o seguro de saúde que é obrigatório. Os demais são os custos de moradia durante o tempo que eu e meu companheiro ficaremos aqui - cinco meses. 

Conseguimos achar um apartamento com tudo incluso, geralmente destinados a estudantes e achamos um trabalho para o meu companheiro. Tivemos que nos preparar, nos organizar, nada é fácil. Pensei em desistir quase todos os dias, achando que seria loucura da minha parte. Trabalhei os últimos seis meses para tentar ir pagando visto, despachante, tradução, etc. 

Acredito que trará uma experiência enorme para minha vida acadêmica, profissional e pessoal. Estou cursando aulas de três matérias e também aulas de francês.  Vou poder colocar o idioma em prática e, imersa na cultura, aprender de forma muito mais rápida. Sou grata pelo IFSC por ter aberto as portas para mim. Agora é agarrar a oportunidade, ter paciência, foco e seguir em frente. 

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Mobilidade Virtual na Universidad Deusto

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 23 dec 2021 15:36 Data de Atualização: 21 dec 2021 15:57

Enquanto nossos programas de intercâmbio ainda não voltam a acontecer de forma presencial em função da pandemia, seguimos proporcionando aos alunos a oportunidade de viver esta experiência de modo virtual. Vejam os relatos que recebemos de três estudantes que participaram do projeto de Mobilidade Virtual na Universidad de Deusto, na Espanha.

Relato de Angela Cristina Albarello Marins | aluna do curso de pós-graduação em Docência para a Educação Profissional do Centro de Referência em Formação e Educação a Distância (Cerfead)

Foi uma experiência maravilhosa, um período de aprendizado, compartilhamento de conhecimento e construção de novos conhecimentos. A Mobilidade permitiu conhecer outras culturas, interagir com colegas de distintas áreas do conhecimento (formações) e em diferentes etapas formativas.

Todos os professores e colegas foram muito receptivos e acolhedores, também foram disponíveis e empáticos, estabelecendo um ambiente de trocas, compartilhamento de saberes e colaboração. Eu considero que tive um excelente semestre, e esta experiência agregou diversas competências e permitiu que eu desenvolvesse as minhas habilidades.

Ao longo do curso eu fiz uso principalmente da Língua Espanhola, e tudo transcorreu de forma tranquila. Certamente, os conhecimentos que eu construí a partir da Mobilidade Acadêmica agregam e se relacionam com o meu curso em Docência para a Educação Profissional. Por último, eu gostaria de expressar o quanto foi e segue sendo positiva essa oportunidade que eu tive.

Relato de Guilherme de Souza Andrade | aluno do curso de graduação em Engenharia Mecânica do Câmpus Lages

Antes de iniciar os estudos, nos foi oferecido uma série de programas para integração na Universidade e cultura basca. Dentre estes programas, destaco o Virtual Buddy Program, cujo objetivo era nos familiarizarmos com a universidade e com a cultura espanhola e basca. Uma aluna do curso de Medicina, Carmen Barredo, ficou responsável pelo meu acompanhamento.

Ao longo do programa, tivemos reuniões mensais com outros dois estudantes da Universidad de Deusto sobre os mais diversos assuntos, por exemplo, o tema de um dos encontros foi pratos típicos bascos. Este programa serviu para desenvolvimento pessoal, além do conhecimento de outras culturas, tornando mais adaptável os meus dias durante o programa.

Além do conhecimento obtido durante as aulas, tive a oportunidade de aperfeiçoar o inglês. Vindo de cursos de inglês anteriores, eu possuía um nível de conhecimento da língua necessário para um intercâmbio, porém foi nele que consegui dar um passo a mais. Realizar discussões técnicas, com nativos da língua, durante o programa, me fez aperfeiçoar o domínio da língua inglesa.

Fico extremamente grato pela experiência vivenciada e espero que em um futuro não tão distante possa voltar a realizar um intercâmbio pelo Instituto Federal de Santa Catarina.

Relato de Everton Soares Pivotto| aluno do curso superior de tecnologia em Fabricação Mecânica do Câmpus Jaraguá do Sul - Rau

A experiência de realizar um intercâmbio em modalidade virtual me disponibilizou uma ótima experiência, a qual não seria possível no modelo tradicional de intercâmbio, tendo em vista minhas atividades atuais. Em geral, todas as etapas do intercâmbio me proporcionaram uma impressão muito positiva e que agregaram de várias formas em minha percepção.

Em relação à língua, a primeira semana de aula acaba sendo a mais difícil, pois os ouvidos ainda estão se acostumando com a nova linguagem e ao sotaque de cada professor. No entanto, após este período o entendimento vai ficando mais fácil e as aulas vão ficando mais dinâmicas também.

Com relação a conexão dos temas estudados com meu curso, creio que as mesmas tenham grande relevância e conexão. Cursei as seguintes matérias: Territórios Competitivos, Negócios Internacionais e Gênero e Liderança. Em um mundo tão globalizado, tais conceitos nos permitem observar a visão Europeia de economia, negociação, aspectos que fazem ou não um território competitivo, liderança, clusters, questões sociais, ambientais e de gênero, ou seja, questões muito atuais e que todos buscamos uma resposta para o que está por vir e como faremos para melhorar nossa atual realidade regional.

Por fim, julgo que o programa foi muito bem executado, as aulas foram ótimas, os professores possuem muito conhecimento e ótima didática e oratória, buscavam sempre tornar as aulas interativas e com conteúdo sempre muito atual e bem fundamentado. Os colegas, de praticamente todos os continentes, eram muito solícitos e prestativos, foi muito bom conhecer vários deles virtualmente, trocar ideias e ter boas conversas. Os funcionários de TI também tiveram uma função muito relevante para que a plataforma ALUD fosse disponível e que todos tivessem acesso.

Além disso, o nível de cobrança dos trabalhos era bem elevado, o que fazia com que o conteúdo fosse muito bem estudado e fundamentado para as apresentações. Portanto, acredito que o programa foi um sucesso e encorajo a todos a participar, pois se trata de uma grande experiência, mesmo não podendo ser presencialmente.

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Projeto Lapassion

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 17 dec 2021 15:25 Data de Atualização: 17 dec 2021 15:32

Enquanto nossos programas de intercâmbio ainda não voltam a acontecer de forma presencial em função da pandemia, seguimos proporcionando aos alunos a oportunidade de viver esta experiência de modo virtual. Vejam os relatos que recebemos de dois estudantes que participaram do projeto Lapassion (Latin-America Practices and Soft Skills for a Innovation Oriented Network).

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Relato de Herbert Marçal Rodrigues | aluno do curso de Robótica Básica do Câmpus Itajaí

O projeto tinha como finalidade a apresentação de ideias inovadoras para criar produtos/processos/serviços. Os alunos foram separados em grupos, o meu continha 7 membros de 3 países distintos: Chile, Portugal e Espanha. A interação foi feita totalmente em inglês, e no meu caso foi a primeira vez que conversei em inglês fora do meu curso, no entanto tudo ocorreu bem e foi divertido.

Decidimos em grupo que pegaríamos o Projeto Santa Casa de Pelotas, que abordava o desenvolvimento de uma ferramenta digital para interatividade entre hospital e paciente, com objetivo de manter um canal de comunicação digital entre os servidores do hospital e os pacientes em tratamento de longa permanência.

Ao longo dos dias fomos tendo diversas reuniões do grupo e decidindo a divisão de tarefas. Eu fui responsável pelo desenvolvimento do design do aplicativo (App) e os resultados esperados foram atingidos com sucesso, principalmente no que se refere ao desenvolvimento do App.

Relato de Fellipe Carvalho Araújo Costa | aluno do curso de Engenharia Eletrônica do Câmpus Florianópolis.

O Lapassion é uma ótima oportunidade para se comunicar com diversas pessoas e culturas. Durante o curso foram propostos temas interessantes para debate e que depois se transformaram em projetos divididos em equipes. O que faz com que você desenvolva novas habilidades, com o auxílio de um mentor.

No projeto, havia estudantes do Brasil, Uruguai, Chile, Índia e outros países, todos conectados e trabalhando de forma remota. Encontramos algumas dificuldades de fuso horário, visto que tínhamos que de alguma forma estarmos presentes para desenvolver o projeto, e assim foram 2 meses de contato direto com o grupo.

Os pontos mais positivos foram: conhecer novas pessoas, continuar praticando o inglês e o espanhol e ter a mente aberta para ter novas inspirações e outra visão de mundo. Foi muito boa a experiência!

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Mobilidade Virtual

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 10 set 2021 14:25 Data de Atualização: 10 set 2021 14:28

Enquanto nossos programas de intercâmbio ainda não voltam a acontecer de forma presencial em função da pandemia, seguimos proporcionando aos alunos a oportunidade de viver esta experiência de modo virtual. Vejam os relatos que recebemos de dois estudantes que participaram da mobilidade virtual no Instituto Politécnico de Setúbal.

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Relato de Matheus Willian Sprotte | aluno do curso de Engenharia Elétrica do Câmpus Jaraguá do Sul-Rau.

As disciplinas do semestre que fiz no IPS não começaram todas juntas. Algumas começaram semanas depois que as outras e foram mais curtas e condensadas (várias disciplinas lá são ofertadas nessa modalidade). Depois que todas as disciplinas do IPS começaram efetivamente, pude constatar que as aulas ministradas no IPS são muito boas. Houve muita atividade em equipe e seminários e foi usado o Moodle e sistemas de videoconferência similares aos usados no IFSC, então não tive dificuldade em me habituar às aulas dessa instituição.

Os estudos foram bastante pesados, pois comecei com seis disciplinas na Engenharia Elétrica do IFSC (e cursos extracurriculares de inglês, alemão e programação) mais cinco disciplinas na Escola Superior de Tecnologia de Setúbal – IPS. Em certos dias da semana, tive aulas das 7h30 às 20h30. Em função de coincidência de prazos, aulas e cronogramas, não pude manter esta grade de aulas até o final do semestre (precisei cancelar uma disciplina do IFSC que acabou coincidindo com outra do IPS). Também desisti de uma disciplina do IPS, a qual arbitrariamente voltou a ser presencial depois de decorridas cerca de 20% da mesma e eu fiquei sem poder participar de aula alguma da mesma.

No mais, foi um ótimo semestre. Fiz amizades com vários colegas portugueses e tive a oportunidade de participar de um challenge internacional de pesquisa e inovação (com carga horária de 6-8 ECTS, ou seja, equivalente a mais duas disciplinas) que me foi muito enriquecedor. Através dele ganhei amizades de alunos de Pequim, Cabo Verde e Portugal e eu vivi a preciosa experiência de atuar em um projeto internacional vinculado a uma empresa real do mercado europeu.

Sem dúvidas essa experiência internacional do intercâmbio virtual e as oportunidades que ele trouxe valeram muito a pena. Vários colegas do IFSC se interessam quando lhes conto essas experiências e eu sempre lhes incentivo a buscar oportunidades assim.

Relato de Marcelle Nogueira | aluna do curso de Engenharia de Produção do Câmpus Caçador

No semestre passado (2021/1), fiz parte do projeto de Mobilidade Virtual no Instituto Politécnico de Setúbal. Lá pude cursar quatro disciplinas. No início, durante as primeiras aulas, algumas reuniões, foi difícil o acesso e contato com professores, pois a plataforma do IPS é bem diferente do que é utilizado no IFSC e o contato é mais demorado, visto que os profissionais atendem apenas por e-mail. Mas tudo foi se ajeitando ao passar dos dias. 

Dá tempo de acompanhar o ensino. Foi difícil estar em todos os horários das aulas pelo fato de eu trabalhar e não conseguir encaixar tudo no mesmo fuso de Portugal, mas os professores foram bem atenciosos e alguns mais compreensíveis a esse fato. Eles se esforçaram para que pudessem me atender quando necessário. Achei todos os docentes bem capacitados e com uma forma muito boa quando me refiro à didática da aula. 

Consegui sim obter bastante experiência tanto para o aspecto acadêmico quanto para minha vida pessoal. Houve colegas bem receptivos, assim como outros que mantiveram distância, mas ainda assim valeu a pena o esforço de poder participar da mobilidade virtual aprendendo também um pouco mais da realidade empresarial de Portugal além de tudo. 

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Pelo Mundo | Intercâmbio Virtual

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 28 jun 2021 10:07 Data de Atualização: 28 jun 2021 10:11

Como vocês têm acompanhado por aqui, os alunos do IFSC têm a possibilidade de cursar disciplinas em universidades internacionais por meio de programas de Intercâmbio Virtual. Eles participam das aulas, que são on-line, e depois validam esses créditos no histórico acadêmico do IFSC. Tudo isso de graça!

O pessoal da IFSCTV fez uma reportagem com alguns dos estudantes que tiveram a oportunidade de participar desses programas. Assista ao vídeo:

 

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Experiência internacional a distância

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 11 jun 2021 11:01 Data de Atualização: 11 jun 2021 11:05

Enquanto não podemos retomar nossos intercâmbios presenciais, vamos aproveitando a chance de ter intercâmbio virtual. E nossos alunos que estão participando dessa experiência têm gostado.

Vejam o relato do Matheus Willian Sprotte, que faz Engenharia Elétrica no Câmpus Jaraguá do Sul-Rau e está participando do intercâmbio virtual no Instituto Politécnico de Setúbal, o IPS.

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Agora que todas as disciplinas do IPS começaram efetivamente, posso dizer que as aulas ministradas no IPS são ótimas. Há muita atividade em equipe e seminários e usam o Moodle e sistemas de videoconferência similares aos usados no IFSC, então foi relativamente fácil me habituar a essas aulas.

Os estudos andam bastante pesados, pois faço seis disciplinas na Engenharia Elétrica do IFSC (e cursos FIC e de inglês e programação) mais cinco disciplinas na Escola Superior de Tecnologia de Setúbal – IPS. Tenho aulas das 7h30 às 20h30 em alguns dias da semana. Além disso, desenvolvo projetos no IPS (projeto internacional de challenge de inovação) e no IFSC (atualmente sou discente extensionista).

Para dar conta de tudo e conciliar devidamente as aulas do IFSC e do IPS, levo uma rotina organizada com planilhas e listas de tarefas e, quando algo sai dos planos, acabo precisando sacrificar uma ou outra aula ou algumas horas de sono. Está sendo o momento mais exigente do meu percurso acadêmico, mas também um momento muito recompensador!

Estou obtendo um bom desempenho nas cadeiras do IPS e o projeto internacional que participo já me proporcionou amizades com alunos de Pequim, Cabo Verde e Portugal e me deu a preciosa experiência de atuar em um projeto internacional vinculado a uma empresa real do mercado europeu (além de praticar o inglês que aprendo nos cursos FIC do IFSC com falantes de vários continentes rsrs.

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Alunos de Lages relatam experiência da Dupla Titulação

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 16 abr 2021 10:06 Data de Atualização: 16 abr 2021 10:23

Os alunos do curso de Engenharia Mecânica do Câmpus Lages Chayanne Possamai Della Rech, Gabriel Schweitzer Morais e David Rosa dos Santos passaram cerca de um ano em Portugal onde participaram do programa de Dupla Titulação no Instituto Superior de Engenharia do Porto, o ISEP. Neste período, eles cursaram disciplinas no Instituto Politécnico do Porto, realizaram estágio e fizeram um trabalho de conclusão de curso. Pelo programa, ao concluírem o curso, eles ganham a titulação de bacharel em Engenharia pelo IFSC e de mestre em Engenharia pela instituição portuguesa.

Neste vídeo, numa conversa com o jornalista do Câmpus Lages, Rafael Xavier, eles contam sobre a experiência de morar em Portugal e de ter participado do programa:

 

 

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Intercâmbio virtual

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 01 abr 2021 14:14 Data de Atualização: 01 abr 2021 14:19

Não temos mais intercambistas fora do País no momento por causa da pandemia, mas temos alunos fazendo intercâmbio virtual na Universidade de Deusto na Espanha. É o caso do aluno Arthur Silva Araújo do curso de especialização em Docência para a Educação Profissional, oferecido pelo Centro de Referência em Formação e Educação a Distância do IFSC, o Cerfead.

Leia abaixo o relato que ele nos mandou sobre esta experiência: 

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Até o momento está sendo satisfatório, mas estamos todos apurados, pois estão chegando os trabalhos, ensaios (modelo de teste espanhol), apresentações oral e demais atividades... Sendo assim, está valendo super a pena, os professores ajudam você em tudo, tem a santa paciência de conversar, dialogar, fazer uma aula extra para oralidade e demais atividades.

Estou feliz com o meu resultado de ser meu segundo intercâmbio estudantil (o primeiro foi no Canadá - High School 2013/2014) e está me readaptando com outra língua estrangeira. Você erra, você não sabe falar, você interpreta as atividades de uma outra forma, realiza as atividades diferente do solicitado e todos os professores enviam e-mail para ajudar, realizam modelos a ser seguido, fazem todo um passo a passo para auxiliar você... Sendo assim, o que mais tenho gostado é a paciência, a força de vontade que todos os professores têm em ajudar os estrangeiros. Eles brincam com você durante a aula e torna a aula interativa e atrativa brincando.

O maior desafio é o uso do Portuñol, querer entrar no debate e quando está falando enrola junto com o português e a frase sai com partes cortadas entre as duas línguas. Portanto, venho trabalhando isso para conseguir diferenciar a pronúncia espanhola para a portuguesa, senão enrola tudo e não sai nada hahaha.

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Um ano de aprendizado

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 12 mar 2021 08:36 Data de Atualização: 12 mar 2021 08:49

Quando nossos alunos embarcaram para iniciar o programa de Dupla Titulação no começo de 2020, não tínhamos noção da proporção que a pandemia do coronavírus tomaria. A situação fez o intercâmbio ser bem diferente, mas, ainda assim o aluno Vitor Luis Silveira, do curso de Engenharia Elétrica do Câmpus Florianópolis ficou muito grato pela experiência.

Ele retornou de Portugal em fevereiro, onde ficou um ano estudando no Instituto Superior de Engenharia de Porto, o ISEP, e nos contou um pouco da sua viagem. Leia o seu relato:

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Os últimos meses vivendo em Portugal foram um pouco difíceis. Até final de janeiro a situação com a pandemia voltou a crescer, ficando até pior que da primeira vez (em março de 2020). Assim, fiquei quase sempre dentro de casa focando nos estudos, e saindo apenas para realizar compras no mercado e fazer algumas caminhadas. Agora, as aulas já acabaram e felizmente concluí as disciplinas que estava cursando.

Devido à piora da situação em Portugal com a pandemia e com a autorização da instituição onde realizei o intercâmbio, adiantei meu retorno ao Brasil para o início de fevereiro - o que foi possível já que naquela altura as aulas haviam terminado e as provas finais seriam todas on-line. Tive alguns contratempos no regresso com passagens canceladas e voos reajustados, já que de última hora o governo Português fechou as fronteiras com o Brasil. No entanto, após os contratempos, tudo deu certo.

Agora já me encontro em casa e bem. Continuo ainda trabalhando na minha dissertação, que deve ser concluída nos próximos meses. Daqui em diante os pormenores que ainda restam serão todos resolvidos de forma on-line, então tudo deve correr bem.

Fazer este intercâmbio e morar um ano em Portugal foi uma grande experiência para minha vida. Com certeza nunca me esquecerei do tempo que passei por lá. Mesmo com todas as complicações e imprevistos decorridos, ainda pude fazer coisas fantásticas, como estudar, viajar, conhecer lugares incríveis e fazer algumas amizades que serão pra vida toda. Viver fora do país me mostrou que existe muito mais além daquilo que podemos ver e experienciar aqui no Brasil, como se sentir seguro andando nas ruas, poder contar com uma boa estrutura de saúde e que o mundo é muito maior e as pessoas são muito mais importantes do que eu podia imaginar. Mas também me mostrou aquilo que deixamos para trás quando saímos do Brasil e aquilo que devemos valorizar do nosso País, como a saudade da família e dos amigos, a sensação de se sentir em casa, a nossa cultura incrível, com nossos hábitos e comidas, e a nossa gente (as pessoas).

Tive a feliz oportunidade de conhecer pessoas de outras nacionalidades, como: portugueses, espanhóis, colombianos, húngaros, poloneses, italianos entre outros. Realmente foi uma experiência fantástica, mas posso dizer com 100% de certeza que não tem nada mais incrível que "esbarrar" com um desconhecido do outro lado do mundo e descobrir que ele é brasileiro. A conexão imediata que se faz e a saudade de casa que se reconforta, é realmente incrível.

Por isso, tenho muito o que agradecer: ao IFSC e ISEP pela oportunidade, aos meus pais pelo apoio, e aos novos amigos pelas experiências compartilhadas. Com certeza a pandemia impactou muito de forma negativa esta experiência. Sem ela, talvez eu pudesse conhecer mais pessoas, mais lugares, me integrar melhor com os meus colegas das aulas e os moradores locais. Talvez fosse melhor, não sei, mas com certeza seria diferente. E como foi incrível, prefiro apenas agradecer pelo que ganhei e não pensar no que deixei passar. Me lembrar dos momentos bons e saber que os ruins foram uma forma de aprendizado. 

 

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A experiência de Intercâmbio on-line

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 05 mar 2021 09:47 Data de Atualização: 05 mar 2021 10:03

Enquanto nossos programas de intercâmbio seguem suspensos em função da pandemia, alguns alunos estão tendo a oportunidade de participar de intercâmbios virtuais. É o caso da Alice Maciel Silva, do curso superior de tecnologia em Hotelaria do Câmpus Florianópolis-Continente. Ela foi uma das selecionadas para um intercâmbio virtual na Universidade de Deusto na Espanha.

Leiam o seu relato:

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Com relação ao intercâmbio devo dizer que a experiência, de modo geral, tem sido ótima! A Deusto, desde o momento de registro e matrícula, foi muito atenciosa. Estive em constante contato (via email) com  a responsável pelas relações internacionais do campus Bilbao, sanei todas as minhas dúvidas e tive as respostas de imediato. Isso me assegurou que seria muito bem recepcionada pela instituição, ainda que de forma virtual. E assim aconteceu.

Na semana que antecedeu o início das aulas, nós tivemos as boas-vindas oficiais do campus, recebemos os horários das aulas síncronas, realizamos os cadastros nas plataformas solicitadas pela Deusto (email institucional e moodle), e, no meu caso conheci o meu Buddy, que é um projeto da Deusto que destina um estudante local para dar suporte ao intercambista. 

Eu estou matriculada em Español Lengua Extranjera B2.1 (após teste de nivelamento da Deusto), España Multicultural: Sociedad y Cultura, e Introducción al Euskera y Cultura Vasca (todas as matérias em espanhol). Todas as matérias são incríveis, de verdade, e em pouco tempo já pude aprender muita coisa, tanto do próprio espanhol no dia a dia das aulas quanto das culturas espanholas/bascas.

Tive um pequeno problema em relação ao horário da aula de Euskera y Cultura Vasca, as aulas acontecem nas segundas e quintas mas eu não consigo acompanhar nas segundas, estive em contato com a Elena (responsável pelas relações internacionais) e ficou acordado que eu participarei somente das aulas de quinta-feira e, por isso, estou suando pra acompanhar, mas o professor tem me dado total apoio (além de ser extremamente querido, engraçado e atencioso).

Aliás, o intercâmbio é um tanto puxado. Tenho aulas síncronas quatro dias na semana, temos muitas tarefas. Muitas. As tarefas são sempre interativas, divertidas, em plataformas diferentes. Eu já havia lido no Blog dos intercambistas a experiência de outro colega e por isso não fiquei surpresa com a quantidade de tarefas, mas vale reforçar. Um dos materiais que usamos (uma plataforma em que se dispõem os livros) é pago, o que também já era previsto considerando o edital. O que me surpreendeu foi o ambiente criado entre os intercambistas, pelos próprios intercambistas. Ninguém tem vergonha de falar, de errar, todos estão ali para, efetivamente, aprender. Há pessoas dos mais diversos países - Croácia, Escócia,Taiwan... - e cada um tem o seu sotaque, seus costumes. A gente vai se entendendo como dá.

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Intercâmbio virtual

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 01 dec 2020 13:14 Data de Atualização: 01 dec 2020 13:24

Em função da pandemia, nossos programas de intercâmbio estão suspensos. Apesar disso, além dos estudantes que seguem em Portugal pelo programa de Dupla Titulação, temos cinco alunos participando de uma mobilidade internacional na modalidade virtual na Universidade de Deusto, localizada na Espanha. Um deles é o Jean Carlos Triches, que cursa Engenharia Civil no Câmpus São Carlos.

Ele começou a participar do programa no final de setembro e a experiência termina ainda neste mês de dezembro. Vejam o relato dele sobre como está sendo esta experiência.

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A Universidade de Deusto é uma instituição de ensino superior privada sediada no distrito de Deusto da cidade de Bilbau, no País Basco, Espanha. Possui dois campi, um em Bilbau e outro em São Sebastião, na província de Guipúscoa.

Como intercambista, estou cursando disciplinas que fazem parte dos currículos de graduação oferecidos pela universidade e também diversas atividades extracurriculares que tem como objetivo aproximar os intercambistas dos estudantes espanhóis e possibilitar uma melhor troca de experiências.

O ambiente virtual de apoio utilizada é Moodle, o mesmo que o IFSC utiliza, logo não tive dificuldades para utiliza-lo. As ferramentas que utilizamos para nos comunicar são o Google Meet e o Whatsapp. O modelo de ensino e aprendizagem da universidade é cíclico e baseia-se em cinco principais fases: Contexto Experimental, Observação Reflexiva, Conceitualização e Experimentação Ativa. Ou seja, para cada tópico ou assunto são observadas todas estas fases durante as aulas.

Na fase do Contexto Experimental começamos sempre com uma breve contextualização, relembrando nossos conhecimentos experiências prévias; Na Observação Reflexiva nós conhecemos e analisamos exemplos, fazendo reflexões acerca das coisas que percebemos e identificamos na situação apresentada. Neste momento, muitas perguntas surgem; Na Conceituação nós fazemos sínteses e formalizamos os conceitos relevantes, muitas vezes recorrendo a literatura; E na fase de Experimentação Ativa aplicamos tudo o que aprendemos, analisando casos e apresentando soluções.

Na disciplina Dirección Estratégica la professora Marian Aláez nos está introduzindo a questões de administração de longo prazo de empresas. Está ensinando a identificar possibilidades estratégicas que estejam alinhadas com os objetivos da organização. Esta visão estratégica se baseia em muita reflexão e busca a sustentabilidade a longo prazo tanto na administração público quanto privada.

Já na disciplina Big Data Analytics, ministrada também em espanhol, o professor Alex Rayón Jerez (Vice-reitor de Relações Internacionais da Universidade de Deusto) está ensinando a manejar grandes quantidades de dados para por meio de um novo paradigma que permite gerar, processar e encontrar informações relevantes na velocidade em que as informações são geradas atualmente. Obter informações significativas neste contexto é um grande desafio e exige a correta identificação, classificação e interpretação de um amplo espectro de informações. Para isto estamos aprendendo conceitos e técnicas de análise de dados, aprendizado de máquina, inteligência artificial e computação de alto rendimento.

Como atividade extracurricular, nesta semana, estou participando da atividade Intercambio Gastronomico, onde trocamos receitas e experimentamos um pouco da culinária da cada país.

Estou gostando muito da experiência, principalmente por experimentar jeitos novos de aprender. Porém, nas disciplinas curriculares, os professores são muito exigentes e fazem muitas avaliações, atividades extraclasse e recuperações paralelas, o que é muito bom, mas venho tendo muito trabalho remoto para realizar no meu emprego - por conta da situação pandêmica; e diversas atividades do meu curso de Engenharia Civil no IFSC, o que está me sobrecarregando um pouco.

A experiência que venho tendo é muito positiva e aconselho a todos os estudantes do IFSC que busquem participar de programas de intercâmbio porque vale muito a pena.

BLOG DOS INTERCAMBISTAS

Intercambista decide fazer sua graduação em Portugal

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 13 nov 2020 10:16 Data de Atualização: 13 nov 2020 10:53

Em 2018, Karina Santos Silvério nunca tinha viajado para fora do País. A então aluna do curso técnico em Biotecnologia do Câmpus Lages decidiu tentar uma vaga no Programa de Cooperação Internacional para estudantes do IFSC (Propicie) e conquistou a oportunidade de realizar um projeto de pesquisa no Instituto Politécnico de Beja (IPBeja).  Ela gostou tanto da experiência que decidiu continuar em Portugal para cursar graduação em Tecnologias Bioanalíticas no IPBeja.

-> Assista à live feita com intercambistas do IFSC em que a Karina também participou

Conversamos com a Karina para conhecer melhor a sua trajetória no IFSC, sua experiência de intercâmbio e como está sua vida no exterior neste momento. Veja o seu relato:

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Conhecendo o IFSC

A minha história no IFSC começou em uma fase de incerteza na minha vida. Eu havia sido selecionada para uma bolsa do Prouni para Engenharia Química, porém, quando foi feita a análise salarial, eu perdi por ter passado em torno de R$30,00. Eu havia recém começado a trabalhar na minha área depois de me formar no técnico em Química e tinha feito muita hora extra naquele mês e, como o salário conta pelo bruto, eu acabei perdendo a bolsa. Foi muito frustrante!

Eu sempre fui uma pessoa que gosta muito de estudar, tem paixão pelo conhecimento e também sempre fui muito curiosa no que diz respeito à ciência e a vida. Perder aquela bolsa foi ter que encarar seis meses naquela rotina de trabalhar e ir para casa, o que sempre foi algo angustiante para mim, pois não estava aprendendo algo novo e minha vida acadêmica ficou parada.

Neste período, eu decidi estudar para concurso público e, por acaso, descobri o IFSC Câmpus Lages. Eu sabia que era uma instituição pública, mas não fazia ideia do que realmente era. Então comecei a pesquisar mais sobre e descobri que o IFSC oferecia um curso técnico gratuito de Biotecnologia e pensei comigo: “Melhor fazer outro técnico do que ficar só em casa, sem estudar”. Decidido isso, eu me deparei com uma antiga crença que dizia que somente as pessoas que estudavam em escola particular conseguiriam passar em uma instituição pública de ensino. Ou a pessoa estudava em escola particular ou era mesmo muito dedicada aos estudos - o que não era o meu caso já que eu só tinha o período da noite porque trabalhava o dia todo.

No dia do exame de classificação, eu estava muito nervosa e não achei que fosse passar… mas, para minha surpresa, eu recebi um e-mail dias depois me informando que eu havia sido classificada para cursar Biotecnologia. Eu não fazia ideia do que me aguardava, mas fiquei muito feliz e entusiasmada.

Chegando lá, foi amor à primeira vista! Logo nos primeiros dias, eu já me apaixonei pela instituição. Fiquei impressionada com a qualidade do ensino, com a qualificação dos professores e sua simpatia e energia em sala de aula e também com os servidores do câmpus que se mostravam sempre tão prestativos e preocupados com o bem estar dos alunos.

E assim foram os próximos dois anos: todos os dias eu saía de Otacílio Costa, ia para a Palmeira trabalhar e de lá mesmo eu ia para Lages depois das 18h para estudar. Este percurso dava em torno de 30km todos os dias, mas nunca foi um peso, muito pelo contrário. Houve dias em que eu tinha dias péssimos no trabalho e, quando chegava no câmpus, os professores, os amigos e todo aquele ambiente me transmitiam uma energia tão boa que transformava meu dia e eu terminava indo pra casa muito mais tranquila.

O que começou com uma frustração e incerteza terminou na melhor decisão que eu já tomei na vida. Costumo dizer que minha vida se divide no antes e depois do IFSC. Me formei em 2018. 

Oportunidade de intercâmbio

Para além de todo conhecimento adquirido durante o curso e também a ampliação da minha visão de mundo, eu tive a sorte de ser contemplada com a bolsa de intercâmbio do IFSC no último semestre do curso.

O projeto que eu fui selecionada foi o “aplicações da agrometeorologia às culturas mediterrânicas”. Inicialmente eu havia concorrido para um outro projeto na cidade do Porto, mas depois eu fui remanejada para este projeto aqui no Instituto Politécnico de Beja.

Eu decidi fazer o Propicie porque já fazia quase três anos que eu estava trabalhando e não estava realizada na empresa em que eu estava, me via sem perspectiva de crescimento e, por isso, queria tentar algo novo. A princípio, o que eu queria era passar em algum concurso público.

Eu sempre quis fazer intercâmbio, mas via isso como algo muito distante, muito fora da minha realidade. Mesmo assim, resolvi tentar no último dia de inscrição, no último instante. Faltando poucos minutos para meia-noite, consegui submeter a minha candidatura. Foi um sufoco por vários empecilhos no meio do caminho, mas no final deu tudo certo.

Eu tinha 22 anos, nunca tinha viajado para fora do país antes e certamente foi algo que transformou a minha vida em vários sentidos. A experiência foi muito enriquecedora! Desde que cheguei aqui, morei em uma república com outros intercambistas das mais variadas nacionalidades. Entre os primeiros que conheci, estavam pessoas da Croácia, República Tcheca, Espanha, França, Polônia e, é claro, Brasil. Este contato me permitiu fazer muitos amigos e me fez conhecer mais sobre a cultura de cada país e também entender que há pontos no ser humano que são comum a qualquer cultura.  Além disso, ficou ainda mais clara a importância do inglês fluente e o quão isso é fundamental. Pela proximidade dos países aqui, é muito comum encontrar pessoas que falam até cinco línguas fluentemente, então falar inglês é mesmo o básico.

Mas eu diria que a coisa mais importante que aprendi aqui como cidadã foi aprender a valorizar o que é nosso e entender que todo país tem pontos positivos e pontos negativos. Parece óbvio, mas muitas vezes as pessoas acham que tudo que é europeu é superior ao que temos no Brasil. Talvez esse pensamento tenha um motivo histórico, mas abrir a minha mente e ampliar os meus horizontes nesta questão, com certeza, me fez crescer e ser outra pessoa.

Em termos acadêmicos, eu senti muita diferença. Aqui em Portugal é seguido um modelo de ensino tradicional muito mais metódico, onde predomina a ideia de “transmitir o conhecimento”. Diferente do IFSC, por exemplo, em que a ideia é a construção do conhecimento e as metodologias são bem mais interativas. Das duas formas você aprende, contudo, eu acho que o IFSC consegue fazer com que o aluno gaste menos tempo e esforço estudando e, acima de tudo, que o conhecimento seja realmente internalizado e entendido e não somente “memorizado”.

Inclusive, eu tive uma experiência muito interessante no início deste ano letivo em que um professor aplicou um questionário para testar quais eram os conhecimentos prévios sobre a imunologia. Eu tive imunologia no IFSC há três anos e nunca mais havia sequer ouvido falar nas suas especificidades. Mesmo assim, consegui tirar 17 sendo 20 a nota máxima. Foi uma prova de que quando o ensino é de qualidade, você nunca mais esquece.

A decisão de fazer a graduação em Portugal

Antes mesmo de terminar o Propicie, eu me matriculei no ensino superior no Instituto Politécnico de Beja no curso de Tecnologias Bioanalíticas. Esta decisão de fazer um curso superior fora do país se deu principalmente a um desejo antigo de me formar em uma graduação na área química e, curiosamente, o custo de estudar fora não era superior ao ter que fazer uma graduação em uma faculdade particular ou mesmo ter que me mudar para outra cidade e deixar de trabalhar para conseguir estudar em uma instituição pública em tempo integral.

Aqui em Beja eu estudo em tempo integral. Entretanto, há duas coisas que facilitaram a minha estadia enquanto estudante aqui em Beja. A primeira delas foi receber uma bolsa do instituto que ajudou no pagamento das mensalidades durante praticamente um ano. E a outra maneira foi ser a representante de uma das residências estudantis, ou seja, colaboro com o Instituto recebendo os novos intercambistas e tratando dos assuntos relacionados à residência e, por fazer este trabalho, eu não pago moradia.

É importante ressaltar que esta ajuda na isenção de pagamento da moradia se deu por eu ter facilitado a ponte entre o Instituto Politécnico de Beja e o IFSC em agosto de 2019. Esta ponte resultou em uma parceria sólida e hoje todos os alunos do IFSC que decidem fazer a graduação em Beja têm moradia gratuita também. ♥  É uma forma com que consegui retribuir tudo o que o IFSC me proporcionou.

Também faço parte de um projeto que acabou por mais tarde se tornar uma empresa que presta consultoria a estudantes que queiram estudar em Portugal, seja para fazer a graduação, mestrado, intercâmbio ou mesmo auxiliar na validação de diplomas. A empresa é fruto de uma parceria com o IPBeja e abrange três países: Brasil, Angola e Guiné-Bissau.

A experiência de morar no exterior

Eu moro em Portugal desde setembro de 2018 quando vim participar do Propicie e continuei por aqui para fazer a graduação. Nunca foi um objetivo sair de Santa Catarina e morar fora do país. Nunca tive esse sonho. As coisas foram simplesmente se encaminhando e acontecendo. 

Eu diria que morar fora, pelo menos por algum tempo, é algo que todos que tiverem a oportunidade deveriam tentar. É possível viajar na Europa por preços muito acessíveis. Por exemplo, Beja fica a duas horas e meia da Espanha. Este é um ponto muito positivo de estar aqui: esta possibilidade de viajar e conhecer culturas e lugares muito bonitos e interessantes. 

Contudo, preciso dizer que não é um processo fácil e maravilhoso como muitas pessoas imaginam ser. Para além da saudade de casa, dos amigos e de todos os choques culturais - que não são poucos- , ainda é preciso lidar com situações difíceis como a xenofobia de algumas pessoas que passam pelo nosso caminho. Infelizmente existe e não é algo que pensamos quando estamos prestes a fazer um intercâmbio. É importante manter a mente aberta para o novo e aprender a extrair o melhor destas situações, até porque eu encontrei também muitas pessoas maravilhosas e fiz amigos aqui e isso só foi possível mantendo a mente aberta ao novo.

A situação da pandemia também é algo que já testou e continua testando meus limites várias vezes. Sou muito grata por ter amigos e uma família tão presente na minha vida mesmo estando longe e por poder contar com pessoas que conheci aqui e que construí uma amizade muito bonita também. Mas o que eu quero dizer com tudo isso é que, apesar de toda dificuldade que encontrei, eu não tenho a menor dúvida que foi uma experiência única, enriquecedora e que me fez amadurecer muito e me tornar uma pessoa melhor e mais forte e, por isso, eu faria tudo de novo.  

Planos 

Hoje eu tenho 24 anos. Estou no último ano da graduação e pretendo continuar estudando. Provavelmente vou fazer o mestrado ainda aqui em Portugal na área de Biotecnologia ou genética. Não pretendo continuar morando em Portugal. Pretendo sim estudar e aproveitar todas as oportunidades que surgirem de forma a abrir portas para um futuro promissor. 

Apesar de sentir que meu lugar continua sendo Santa Catarina e sempre ter a sensação boa de que posso andar por todo lado e que, mesmo assim, sempre vou ter um cantinho especial que posso chamar de casa, em um mundo globalizado é importante não colocar fronteiras em seus sonhos e objetivos. A experiência de morar na Europa me fez entender o quanto não só o Brasil, mas a América do Sul como um todo tem um potencial de crescimento enorme e eu quero muito poder contribuir e preservar tudo aquilo que é nosso. 

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Novo semestre

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 09 out 2020 11:55 Data de Atualização: 09 out 2020 12:23

Nosso intercambista Eduardo Lacerda, do curso de Engenharia Elétrica do Câmpus Florianópolis, iniciou mais um semestre no Instituto Superior de Engenharia do Porto, o ISEP, e nos mandou mais um relato.

Ele participa do nosso programa de Dupla Titulação.
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Desde o meu último relato, algumas coisas mudaram em minha experiência de intercâmbio. Neste período, mudei de moradia e agora divido o quarto com meu colega de IFSC Vitor. A mudança tem sido muito positiva pelo fato de a casa ser muito boa e já morarem aqui dois brasileiros que se tornaram nossos amigos.

Em relação à dissertação tenho tido reuniões semanais com meu orientador de modo a mostrar-lhe o que fiz e receber dicas do que posso avançar e melhorar em meu caso de estudo. O próximo semestre começou em 6 de outubro sendo as aulas teóricas realizadas online e as práticas presencialmente. Estou inscrito para duas disciplinas e espero ansiosamente pelo regresso das aulas presenciais.

No tocante ao lazer, entre os dias 18 e 27 de setembro realizei uma "Eurotrip" com meus colegas de IFSC Chayanne e Vitor por cinco países. Visitamos a Polônia, República Tcheca, Alemanha, Países Baixos e Bélgica. Foi uma experiência incrível poder conhecer cidades tão bonitas e ricas em história na companhia de amigos.

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Boas perspectivas

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 11 set 2020 12:03 Data de Atualização: 11 set 2020 12:13

O relato de hoje é do aluno Vitor Luiz Silveira, do curso de Engenharia Elétrica do Câmpus Florianópolis, que está em Portugal onde participa do programa de Dupla Titulação no Instituto Superior de Engenharia do Porto, o ISEP.

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As férias andam a correr bem. Estou conseguindo descansar bastante e aproveitar o tempo livre. O hábito de dormir até mais tarde já se destaca, mas tudo bem, estou de férias. Neste último mês, tenho duas novidades: a mudança e os novos amigos.

Ontem, após sete meses morando na mesma casa, eu e meu colega de quarto nos mudamos para uma casa nova. Maior, mais espaçosa e arejada, bem localizada e ainda pagando menos pelo aluguel. Uma das pequenas "vantagens" que toda essa situação global atípica nos proporcionou. Isso foi bom de diversas maneiras, principalmente pela mudança de ares e nossos novos "colegas de casa" que também são brasileiros e estão nos recebendo super bem.

Neste último mês, comecei a ter mais contato com os colegas do IFSC de Lages, que também participam do programa de Dupla Titulação aqui na cidade do Porto. Não apenas colegas, mas agora amigos, já tivemos algumas confraternizações e fizemos uma pequena viagem juntos para a cidade de Santa Maria da Feira.

Acredito que a falta de contato humano nos meses de isolamento tenha sido o maior desafio de todos. Felizmente, esta mudança de ares e o maior contato com os novos amigos tem melhorado muito a vivência nos últimos tempos. Assim, as perspectivas futuras são boas. 

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Novas descobertas

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 21 ago 2020 12:37 Data de Atualização: 21 ago 2020 12:44

O relato de hoje é do aluno Vitor Luis Silveira, do curso de Engenharia Elétrica do Câmpus Florianópolis. Ele está em Portugal onde participa do programa da Dupla Titulação no Instituto Superior de Engenharia do Porto. Depois de um semestre atípico por causa da pandemia, ele conseguiu aproveitar um pouco de suas férias.

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Com tudo que aconteceu neste último semestre e devido às limitações impostas, acabei descobrindo uma nova paixão: caminhar. Está era uma das poucas atividades ao ar livre que eu era capaz de fazer em segurança e com distanciamento social. Assim, fui cultivando este hábito aos poucos. Comecei com passeios rápidos e, quando me dei conta, já conhecia toda a região num raio de 5 km da minha casa - o que foi muito legal, porque tive a oportunidade de apreciar pequenos lugarzinhos escondidos que provavelmente não teria descoberto com a tradicional correria do cotidiano "normal". Agora, com mais liberdade, eu continuo aumentando as distâncias percorridas: 10 km; 15 km; e por aí vai.

Outro prazer que pude desfrutar aos poucos foi o de conhecer novos lugares. Na região próxima à cidade do Porto (onde moro) já pude conhecer as cidades de Guimarães, Braga e Viana do Castelo. Também pude fazer uma viagem rápida à região de Lisboa, onde conheci as cidades de Lisboa, Cascais e Sintra - sendo a última uma grande surpresa pessoal. Não estava esperando muito, mas os castelos situados em Sintra são simplesmente incríveis.

Por fim, na última semana, tive a oportunidade de fazer minha maior e mais emocionante viagem. Ao longo de nove dias conheci a cidade de Paris na França; e as cidades de Milão, Veneza e Roma na Itália. Foi uma experiência única e inesquecível que eu jamais havia pensado que poderia viver.

Com isso, posso dizer que minhas férias já começaram em grande estilo. Porém, agora pretendo ficar mais por casa e aproveitar este tempo para descansar e renovar as energias. Ainda pretendo fazer algumas viagens rápidas, para cidades próximas, mas nada tão extravagante. 

No geral tudo vem correndo bem. Houve altos e baixos ao longo destes seis meses de intercâmbio, porém todas as experiências foram igualmente válidas e enriquecedoras.

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